19 maio 2014

Jogar (-se)

Maria ao precipício - Elen Alcântara

O amor tem regras? 
Deveria mesmo ser tomado como um jogo?
Em que você lança as cartas daí, eu daqui. 
E que vença o melhor ou não ganhe ninguém? 
Porque jogo é jogo e as regras devem ser cumpridas.
Ou será que não?
Seria o amor, na verdade, um esporte radical?
Como saltar de paraquedas ou voar de asa deltas?
Que diante do frio na barriga se joga e do mais alto,

Mesmo com medo,,
Porque o que vale é a adrenalina
Confirmando que você está vivo?
Ou o amor é como andar de bicicleta com rodinhas?
Cômodo e não exigindo muitos desafios.
Ou não passaria de um mito?
Amor não existe,
Que aquele arrepio que sobe pela espinha,
As borboletas no estômago
E todo o silêncio diante do incerto
Não passa de tola fantasia!
Vai saber...
Talvez seja o amor, um arroubo poético,
Tão doce e indefinido
Que se desenha por sua própria intenção
E pela beleza do se lançar às nuvens,
do alto de um precipício,
Sem qualquer corda presa
Desejando BOA SORTE!

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