E a partir dele fiz um samba... de antemão perdão pela voz
Deixa
Que eu faço um samba pra esquecer.
Deixa pra lá...
É o que se sobra
Deixa pra lá...
Que eu faço um samba.
Elen, vc está cada vez melhor, suas poesias já soavam aos meus ouvidos como música, agora então cantados, sussurrados, esmiuçados em graves e leves, agudos e estridentes (perfeitamente)voz, ficou melhor.
só para completar, acho que cai bem com o que vc deve estar vivendo e escrevendo:
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Cecília Meireles.
Muito obrigada Eliseu! Tão bom saber que tem quem goste do que fazemos. Eu amei a poesia de Cecília. Realmente ela tem tudo a ver com o momento. Obrigada!