02 julho 2012

Porque não? E c’est fini.*

E se meus passos fossem os versos do Chico
do tom de Jobim,
Chopin.
E se meus passos fossem no mesmo embalo do jazz,
Meus pés seriam bossa.
Das pedras que rolam
seriam o rock
na guitarra Metálica,
Elétrica,
Porque não?
Fariam do céu,
um blues.

Ajeita os passos teus as rimas minha
aos versos livres
que há  infinitas possibilidades em mim.
Do inicio ao fim do poema,
do romance, da trama, a novela.
Da música versada,
Do filme esquecido,
não visto.

Corre.
Se escorre.
Esgueira até mim.

Eu corro.
Me escorro.
Esgueiro até ti. 

A gente se borda.
Navega nas linhas e curvas.
Sentidas,
provadas as cegas,
               ao tato,
              ao gosto nosso
                    - meu e seu -
do amor.
E c’est fini.




*C’est fini - "acabou", "é o fim" em francês

2 comentários:

Cecília Alves Feitoza disse...

Gostei.Posso tá bem errada,mas como leitora do seu blog achei um dos teus poemas mais diferentes do conjunto da obra,isso é bom.Renovação...Mais uma vez:gostei.Gostei muito

Elen Alcântara disse...

Muito obrigada Cecilia! Fico muito feliz que tenha gostado. Se está diferente, realmente não foi intencional. Eu devo estar mudando também, então. Vai ver é isso.