Perdi todas as linhas retas
Dos versos e da prosa.
Há muito nada se delineia
O nada dá lugar ao não sei.
Não se varia a dança ou par
Menos ainda o discurso.
O consciente esbraveja,
O coração cala,
O corpo fraqueja
Num tempo qualquer
E se fragiliza.
Mas não há de contentar-se com um tempo qualquer – diz a razão.
Sim, eu sei. Não, não deveria! – fala o coração.
Eis que é falho como o medo. – os dois reconhecem.
Perdi-me.
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