12 maio 2011

Nuvens

Norvz Austria

Foges teu olhar
Enquanto o meu está a procura.
Está cheio de medo ou é covardia.
Isso me apavora.

E eu via e amava.
E eu sorria e amava.
E eu ouvia e amava.
E eu sonhava e amava.

E eu falava e amava.
E eu lembrava e amava.
E eu chorava e amava.
E eu esperava e amava.

E eu amava e esperava.
E eu amava e sofria.
E eu sofria e calava.
E eu calava.

E tu mentias e se escondia e me enterrava.

Enterraste parte de mim e do que era
Num solo mais pobre e mais árido que do sertão
 - SECO,
- RACHADO,
- COMPACTADO.
Cheio de carcaças e vazios olhos
que cantam aos céus e aos santos
por escuras nuvens e trovões.

Enterraste o que de mais belo há em mim.
Mas dançam as nuvens no céu.







2 comentários:

Marcelo Vinicius disse...

Ótima poesia! Muito boa analogia com o sertão! Poesia forte nas palavras! Adorei!
Beijos!

Bruno Silva disse...

Já pode se apaixonar por essa persistente rosa? Ela superou o mundo de enganações?